terça-feira, 19 de setembro de 2017

EXTRUSÃO

DEFINIÇÕES DE EXTRUSÃO


A extrusão é simplesmente a operação de moldar um material plástico ou de massa, forçando-o a expandir ou aglomerar. Em rações formam pellets usados ​​para preparar alimentos para animais. "A extrusão de alimentos é um processo em que um material alimentício é forçado a fluir, sob uma ou mais variações de condições de mistura, aquecimento e cisalhamento, que por sua vez da forma e/ou seca os ingredientes".
Uma extrusora de alimentos é um dispositivo que agiliza o processo de modelagem e reestruturação de ingredientes alimentícios. A extrusão é uma operação de unidade altamente versátil que pode ser aplicada a vários processos alimentícios. As extrusoras podem ser usadas para cozinhar, formar, misturar texturizar e moldar produtos alimentares sob condições que favorecem a retenção de qualidade, alta produtividade e baixo custo.
O uso de  extrusão vem se expandindo rapidamente nas indústrias de alimentos durante os últimos anos.

FUNÇÕES DA EXTRUSORA
As condições geradas pela extrusora permitem o desempenho de muitas funções que permitem a sua utilização para uma ampla gama de alimentos, e aplicações industriais. Algumas dessas funções são as seguintes:
Aglomeração: os ingredientes podem ser compactados e aglomerados em peças discretas com uma extrusora.
Desgaseificação: Ingredientes que contêm bolsas de gás podem ser desgaseificados por processamento extrusado.
Desidratação: durante o processamento normal de extrusão, pode ocorrer uma perda de umidade de 4-5%.
Expansão: a densidade do produto (isto é, flutuante e afundamento) pode ser controlada por condições de operação da extrusora e configuração.
Gelatinização: o cozimento por extrusão melhora a gelatinização do amido.
Moagem: os ingredientes podem ser triturados no canhão da extrusora durante o processamento.
Homogeneização: uma extrusora pode homogeneizar, reestruturando ingredientes não atraentes em formas mais aceitáveis.
Mistura: Existe uma variedade de  helicóide / rosca que podem causar a quantidade desejada de ação de mistura no cilindro da extrusora.
Pasteurização e esterilização: os ingredientes podem ser pasteurizados ou esterilizados usando tecnologia de extrusão para diferentes aplicações.
Desnaturação de proteína: a proteína de  produtos oriundos de abatedouros  pode ser desnaturada por extrusão.
Formação: uma extrusora pode fazer qualquer forma de produto desejada, alterando uma matriz no final do canhão da extrusora.
Cisalha: uma configuração especial dentro do canhão da extrusora pode criar a ação de corte desejada para um produto específico.
Alteração da textura: as texturas físicas e químicas podem ser alteradas no sistema de extrusão.
Cozedura térmica: o efeito de cozimento densificado pode ser conseguido na extrusora.
Unitização: diferentes linhas de ingredientes podem ser combinadas em um único produto para produzir características especiais usando uma extrusora.

VANTAGENS DA EXTRUSÃO
As principais vantagens da tecnologia de extrusão em comparação com os métodos tradicionais de processamento de alimentos finais alimentares baseados em Smith (1969) e Smith (1971) com modificações incluem o seguinte:
Adaptabilidade: A produção de uma ampla variedade de produtos é viável, alterando os ingredientes menores e as condições de operação da extrusora. O processo de extrusão é notavelmente adaptável para acomodar a demanda dos consumidores para novos produtos.
Características dos produtos: Uma variedade de formas, texturas, cores e aparências podem ser produzidas, o que não é facilmente viável usando outros métodos de produção.
Eficiência energética: As extrusoras operam com uma boa quantidade de produtos alimentares de baixa qualidade, portanto, é necessária uma menor re-secagem.
Baixo custo: a extrusão tem um menor custo de processamento do que outros processos de cozimento e formação. A economia de matéria-prima (19%), mão-de-obra (14%) e investimento de capital (44%) ao usar o processo de extrusão foram relatados por Darrington (1987). O processamento de extrusão também requer menos espaço por unidade de operação do que os sistemas tradicionais de cozimento.
Novos alimentos: a extrusão pode modificar proteínas animais, vegetais, amidos e outros materiais alimentares para produzir uma variedade de lanches novos e exclusivos.
Produção alta e controle automatizado: uma extrusora fornece processamento contínuo e pode ser totalmente automatizada.
Alta qualidade do produto: uma vez que a extrusão é um processo de aquecimento de alta temperatura / curto prazo (HT / ST), minimiza a degradação dos nutrientes alimentares, enquanto melhora a digestibilidade das proteínas (por desnaturação) e amidos (por gelatinização). O cozimento por extrusão a altas temperaturas também destrói compostos antinutricionais indesejáveis e microorganismos.
Nenhum efluente: esta é uma vantagem muito importante para as indústrias de alimentos e alimentos, uma vez que as novas regulamentações ambientais são rigorosas e dispendiosas. A extrusão produz pouca ou nenhuma corrente de resíduos.
Ampliação do processo: os dados obtidos da planta piloto podem ser usados ​​para ampliar o sistema de extrusão para produção.
Uso como reator contínuo: extrusoras estão sendo usadas como reatores contínuos em vários países para a desativação de aflatoxina em amendoim e destruição de alérgenos e compostos tóxicos em farinha de sementes de mamona e outras culturas oleaginosas.



sábado, 3 de janeiro de 2015

Conflito ou Problema ?

Sendo o fenômeno do conflito um fenômeno incontornável torna-se necessário a sua gestão e compreensão de modo a que as que as suas vantagens sejam aproveitados e os seus efeitos nefastos sejam diminuídos ou anulados.

A definição de Conflito é plural apresentando escasso consenso. Uma das definições mais sóbria pode ser “processo que se inicia quando um indivíduo ou um grupo se sente negativamente afetado por outra pessoa ou grupo” (De Dreu; 1997, p. 9) ou outra mais enfática como “Divergência de perspectivas, percebida como geradora de tensão por pelo menos uma das partes envolvidas numa determinada interação e que pode ou não
traduzir-se numa incompatibilidade de objetivos” (De Dreu & Weingart; 2002; Dimas, Lourenzo e & Miguez, 2005). 

Convém esclarecer que Conflito é diferente de problema. Num Conflito existem partes em confronto e desenvolve-se uma atitude de hostilidade, enquanto num problema há um grupo de pessoas que trabalham em conjunto, desenvolvendo-se uma atitude de aproximação (Almeida, 1995). 

Há quem feche os olhos e negue o conflito. Há quem dê voltas e voltas patinando em  busca de alternativas para resolvê-lo. Há quem se renda e tenha o costume e sempre abrir mão de tudo para evitar problemas. Outros preferem se impor pelo poder, agindo como verdadeiros “tratores”, enquanto há aqueles que propõem sempre um compromisso em que cada um ceda um pouco para chegar a um acordo.
Segundo a coach Mariella Gallo, ao longo da carreira, invariavelmente, você vai topar com algum dos perfis acima ao perceber-se em meio a um conflito. “Todos estes perfis estão presentes nas empresas”, diz ela. No entanto, nenhum deles é o mais adequado na hora de evitar ou de resolver um imbróglio durante o expediente.
Negar, fugir, dar voltas ou atacar só vai piorar o problema, porque, como defende o coach e consultor Karin Khoury no livro “Vire a página, estratégias para resolver conflitos” (Editora Senac) o primeiro passo é perceber como a sua participação contribui para o surgimento ou prolongamento do conflito (exame.com).

Enfrente um conflito lançando mão da abordagem mais adequada para o momento. Não ignore a situação, nem contemporize imaginando que o tempo curará o desentendimento. Com o passar do tempo, quase sempre, apenas tende-se a agravar a discórdia. 
Todo problema ou conflito possui uma causa. Se essa for buscada, será encontrado também o culpado, mas fazendo apenas isso, desvia-se preciosa energia e tempo em vez de concentrar-se na solução que, a rigor, é a única saída para o desentendimento. Focalize sua atenção nos ganhos da solução e esqueça a sessão de acusações mútuas. Concentre-se no problema ou no comportamento das pessoas, e não na personalidade delas.
Ouça amistosamente os argumentos da outra parte envolvida no conflito e, então, experimente persuadi-la com uma argumentação sequenciada e lógica.
Admitir um erro não o diminuirá ou o tornará vulnerável. Ao contrário, com isso, você adquirirá o respeito dos outros. Pois essa é uma forma de demonstrar que a sua intenção não é provar que você é perfeito ou infalível, mas sim buscar a melhor solução, mesmo que para isso tenha que admitir que falhou (Ernesto Berg).



sábado, 7 de setembro de 2013

BASES VOLÁTEIS TOTAIS - PESCADOS E PRODUTOS DE PESCADOS

Há indicação de que a manipulação pode influenciar a qualidade, ressaltando a importância de se adotar e se difundir as Boas Práticas de Manipulação – BPF e de métodos adequados de avaliação, controle e de conservação durante a estocagem, visando minimizar as alterações oriundas da deterioração de pescado.

Um conjunto de análises importantes e práticas detectam alterações provenientes de tais deteriorações de pescado e derivados, podendo assim avaliar a qualidade e o grau de conservação destes.

Determinações e avaliação conjunta de características organolépticas, microbiológicas, rancidez, reações para gás sulfídrico, potencial hidrogeniônico, indol (obtido na decomposição de carnes de camarão, caranguejo, siri, ostras e deve, portanto, ser pesquisados principalmente nestes produtos.), proteínas por cromatografia,  bases voláteis totais e outras permitem precisar o estado físico-químico destes.

A deterioração e estado de putrefação é devida à ação enzimática e bacteriana e resulta em vários compostos nitrogenados, com maior frequência a trimetilamina, dimetilamina, amônia e ácidos voláteis.

A porcentagem de bases voláteis é uma indicação do grau de conservação. 

A metodologia indicada na referência "Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz", vol. 1. Métodos Físicos e Químicos para Análise de Alimentos, capítulo 19, página 275; traz uma metodologia simples de ser aplicada e importante para avaliação:

MATERIAL E EQUIPAMENTOS:
  • Vidro de Relógio
  • Balão de Kjeldahl de 800 ml
  • Proveta de 300 ml
  • Refrigerante de Liebig
  • Frasco de erlenmeyer de 500 ml
  • Duas buretas de 15 ml
  • Bandeja para homogeinização
  • Espátula de inox
  • Pisseta
  • Destilador de Kjeldahl
  • Purificador de água ( destilador / deionizador e/ou Osmose Reversa)
  • Moinho refrigerado
  • Balança analítica
  • Relógio 
REAGENTES:
  • Ácido Sulfúrico 0,1 N  ( f = 1,0000)
  • Hidróxido de Sódio 0,1 N (f = 1,0000)
  • Óxido de Magnésio
  • Silicona antiespumante
  • Solução de vermelho de metila a 0,2%, em álcool etílico P.A.
  • Água destilada / deionizada ou purificada por osmose reversa
PROCEDIMENTO:
  • Colete a amostra de acordo com as normas de representabilidade do lote
  • Em avaliações específicas, colete amostras "spot" conseguindo assim a verificação  de vários pontos sem diluição de amostras conformes com pontos não conforme
  • Homogeinize 
  • Moer a amostra em moinho 
  • Homogeinize novamente
  • Pese em balança analítica de 5 a 10 g da amostra
  • Transfira para um balão de kjeldahl, junte 300 ml de água destilada / deionizada ou através de osmose reversa, 1 a 2 g de óxido de magnésio e algumas gotas de silicona antiespumante.
  • Ligue o balão ao conjunto de destilação
  • Aqueça até a ebulição e destile por 25 minutos
  • Mergulhe a extremidade afilada do refrigerante em 15 ml de ácido sulfúrico 0,1 N, contido no frasco de erlenmeyer de 500 ml
  • Adicione 3 gotas do indicador vermelho de metila 
  • Titule o excesso de ácido sulfúrico 0,1 N com solução de hidróxido de sódio 0,1 N

CÁLCULO:

BVT = ( V x 0,0014 x 100) / P

onde:

BVT = Bases Voláteis Totais em g de nitrogênio por cento p/p

V= Diferença entre o nº de ml de Ácido Sulfúrico 0,1 N adicionado e o nº de ml de solução de Hidróxido de Sódio 0,1 N gasto na titulação

P = nº de gramas da amostra.


RESULTADO DE BVT

O resultado deverá ser expresso em mg


AVALIAÇÃO:


  • O limite estabelecido pela  legislação nacional vigente para N-BVT é de 30 mg N/100g de pescado (BRASIL, 1980).
  • Esta metodologia pode ser adaptada para farinhas de pescado e o limite para Controle de Qualidade  deve ser estabelecido através de resultados de várias amostras padrões em conjunto com as determinações de outros parâmetros. É importante saber se neste produto foi adicionado algum ingrediente para conservação que pode alterar significativamente o resultado desta análise.


OBSERVAÇÃO FINAL:



Muitas vezes, contudo, a qualidade é sinônima de aparência e frescor, e se refere ao grau de deterioração existente no pescado e derivados. Para as autoridades governamentais, que estão principalmente interessadas em possíveis perigos para a saúde, boa qualidade significa ausência de agentes nocivos tais como parasitas, compostos químicos e organismos patogênicos (HUSS, 1988).
Para Contreras-Guzmán (1988), qualidade como um todo envolve a soma dos atributos físicos, sensoriais, químicos e microbiológicos dos alimentos e no pescado a qualidade está estreitamente ligada com o estado de frescor.
A qualificação do frescor envolve considerações relacionadas com o tempo e qualidade. A esta última contribuem muitos fatores, sendo, portanto, difícil encontrar um só ensaio que determine estes aspectos (MORGA, 1975).


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mas, afinal, o que é qualidade?

Nunca se falou tanto em qualidade como nesta última década. Em reuniões de dirigentes, em seminários de treinamento, em pesquisas de mercado, nos meios acadêmicos, o tema qualidade tem sido extensa e intensamente explorado. Fala-se muito em qualidade.

Mas, afinal, o que é qualidade?


A palavra qualidade tem vários significados, dependendo de como é utilizada. Para um engenheiro, qualidade significa aderência perfeita e conformidade às especificações e padrões de referência do projeto do produto. Zero defeito é o nome atribuído quando essas especificações e padrões são plenamente atendidos. Para um estatístico, qualidade significa o menor desvio padrão possível em relação à média aritmética, mediana ou qualquer medida estatística de posição. Variância zero é o nome atribuído quando isso ocorre. Mas, para uma dona de casa, a qualidade tem um outro significado completamente diferente. Como cliente ou consumidora, a dona de casa não está preocupada com os conceitos do engenheiro ou do estatístico: ela quer um produto ou serviço que satisfaça as suas necessidades pessoais, algo que resolva seus problemas. O engenheiro e o estatístico formulam conceitos de qualidade que podem ser utilizados internamente dentro das organizações para a produção dos produtos ou serviços. Mas, de nada adianta a qualidade interna se o cliente ou consumidor não está satisfeito com o produto ou serviço que utiliza. Assim, existem dois tipos de conceitos de qualidade: a qualidade interna, que constitui a maneira pela qual uma organização administra a qualidade dos seus processos, produtos e serviços, e a qualidade externa, que constitui a percepção que o cliente, consumidor ou usuário tem a respeito do produto ou serviço que compra e utiliza. Não resta dúvida de que, sem a qualidade interna, não se pode construir e manter a imagem da qualidade externa.

sábado, 30 de março de 2013

Quatro erros que você pode cometer em uma negociação de trabalho


Durante uma negociação de trabalho alguns erros podem atrapalhar. Veja como lidar com essa situação e ser bem-sucedido
Negociações de trabalho podem influenciar na sua renda, estilo de vida e até mesmo em seus relacionamentos. Por isso, antes de negociar qualquer aspecto em seu ambiente de trabalho, você precisa estar ciente de que precisa de estratégias e informações para conseguir o que deseja. Porém, se você não se preparar para este momento, alguns deslizes podem acabar com as suas chances de sucesso.
Se você deseja ter uma negociação bem-sucedida, confira alguns erros que podem comprometer a sua negociação:

1) Não se preparar para a negociação
Antes de iniciar qualquer negociação no seu ambiente de trabalho, certifique-se de que você está preparado para essa situação. É importante conhecer suas necessidades e suas alternativas de negociação para que você não seja contestado.

2) Não falar sobre números e dados
Durante uma negociação é importante que você tenha em mãos número e dados, como uma forma de garantia. Informações impressas sempre servem de provas para argumentar a seu favor. Se você não tiver nada que comprove as suas necessidades, não há como negociar.

3) Não explicar o que você deseja
Se você pretende negociar alguma coisa, o primeiro passo é explicar claramente o que você deseja. Dessa forma, ambas as partes vão se preparar para argumentar e debater o assunto. Sem explicação será quase impossível chegar a um acordo.

 4) Mentir
Para negociar bem você precisa ser sincero. Mentiras só vão atrasar o processo de negociação. Para não cometer erros, seja franco e não perca tempo com conversas triviais. Vá direto ao ponto de discussão.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Como Fugir das Estratégias de Manipulação no Trabalho


 Quase que por definição, a vida corporativa (independente do setor e cargo) é tecida por negociações. E isso sempre implica em ceder algumas vezes, ganhar em outras. Quando elas são feitas com base em argumentos, você cresce na carreira.
O problema está quando a emoção, as informações evasivas ou falsas entram em cena. Consciente ou inconscientemente, você assume o papel de vítima ou criador de uma manipulação.
“Argumentar é uma arte difícil, não seduz todo mundo”, afirma Marie-Josette Brauer. Lançar mão de estratégias que impulsionem o outro a fazer o que você quer tende a ser mais fácil. Porém, quase nunca é a opção mais ética. 
Aprenda quais são as estratégias de manipulação mais comuns e qual o comportamento para se esquivar de cada uma delas: 
Estratégia de manipulação 
1- Favores em cascata
Uma das estratégias mais comuns de manipulação, segundo Marie-Josette, é pedir um favor mais simples e, assim que ele for cumprido, pedir outro. É mais ou menos assim: “A pessoa pede para o outro digitar um relatório. Dali, meia hora a atividade está pronta e, diante disso, é feito outro pedido”, exemplifica. Sem ter muito como contra argumentar, a “vítima” acaba aceitando o novo pedido. 
2- O impossível que induz ao sim
Colocar o outro em uma clássica “sinuca de bico” é outra estratégia clássica usada no ambiente corporativo. 
O chefe chega e sugere uma missão impossível (como trabalhar no fim de semana para colocar tudo em dia). Você responde que não pode. Em resposta, ele pede o que realmente queria: o prolongamento do expediente atual. Sem ter como responder um outro não, você aceita – sem maiores ressalvas.
“A pessoa pede uma coisa impossível para então pedir pelo que realmente quer. Desse jeito, não há como você recusar”, descreve a especialista. 
3- Perguntas que impelem para um sim automático 
A armadilha psicológica é até simples: o manipulador faz um tiroteio de perguntas que necessariamente pressupõem um sim para, depois, pedir um favor. O resultado é certeiro: “É muito difícil depois de responder vários ‘sim’ dizer um ‘não’”, afirma a especialista.
4- Colocar medo para depois trazer o “alívio”
Uma das metáforas mais clássicas para manipuladores é a imagem de um lobo em pele de cordeiro. E a figura não é gratuita. Para ter o que quer, manipuladores tendem a cercar suas vítimas de medos para, então, oferecer uma proposta que ofereça ‘alívio’ e proteção contra o terror – que eles mesmos instalaram. 
Ao longo da história, diversos governos totalitários se valeram desta tática para dominar populações inteiras. Da mesma forma que industrias, todos os dias, nos bombardeiam com informações ditas científicas para vender este ou aquele produto.
No mundo corporativo, a estratégia também é comum – apesar de mais sutil. Imagine a seguinte cena: você chega sempre atrasado ao trabalho. Seu chefe direto há muito tempo está incomodado com este hábito, mas não quer se indispor com você. Então, inventa que o chefe do chefe dele reclamou dos seus horários e que você deveria ficar esperto. Com medo de ser demitido, queimar sua reputação ou outros desvarios corporativos, você entra no papo dele e nunca mais perde hora.
Como escapar
“A manipulação acontece quando existem agendas ocultas. Quando um lado tem um interesse que não está explicito, nem exposto”, afirma o coach Homero Reis. Por isso, a principal estratégia para driblar uma estratégia de manipulação é confrontar o manipulador com perguntas que exijam clareza de intenções e argumentos.
Afinal, uma das bases da manipulação é a falta de objetividade. “A pessoa diz que fala, mas não fala. Diz e desdiz”, descreve Reis. Diante de um discurso manco e emocional assim, o antidoto mais eficaz é manter-se firme e claro – em seus interesses e questionamentos. Não fique em cima do muro, nem se deixe levar. “A manipulação nunca se sustenta diante da assertividade e de uma conversa clara”, afirma o especialista. 

Fonte: Exame.com