sexta-feira, 18 de março de 2011

Jöns Jacob von Berzelius

Médico, químico e professor sueco, nascido em Väfversunda Sörgard, próximo a Linkoping, descobridor do efeito de catálise e das substâncias catalisadoras (1815), inventor dos símbolos químicos e considerado um dos fundadores da Química moderna. Desenvolveu seus primeiros estudos em Linkoping, formou-se em medicina na Universidade de Uppsala e doutorou-se Universidade de Estocolmo (1802). Com seu interesse por química das correntes elétricas, publicou resultados de pesquisas sobre os efeitos do galvanômetro (1803). Tornou-se professor de botânica e farmácia em Estocolmo (1807). Estabeleceu a diferença entre a química mineral e a orgânica (1806) e entrou para a Academia Real de Ciências de Estocolmo (1808), tornando-se secretário perpétuo (1818), ano em que publicou a primeira versão de sua tabela de pesos atômicos com relação ao oxigênio, que tinha peso 100, quando já tinha determinado o peso molecular de cerca de 2 mil compostos químicos.
Foi professor de química no Instituto Médico-Cirúrgico de Estocolmo (1815-1822) e neste período descobriu o selênio (1817), elemento chave para a origem da televisão. Ingressou no Instituto de França (1822) ocupando-se com a classificação dos minerais segundo a respectiva composição química. Os seus estudos de electrólise levaram-no à concepção basilar da teoria electroquímica. De suas pesquisas resultou a descoberta de vários outros elementos novos como o cério, cálcio, bário, estrôncio, silício, zircônio, tântalo, tório e vanádio.


Contribuiu significativamente no desenvolvimento da teoria atômica e empenhou-se durante anos na determinação de pesos atômicos e moleculares de milhares de elementos e compostos. Foi pioneiro na utilização do oxigênio como referência para determinação dos pesos atômicos, determinando os pesos atômicos de cerca de 43 elementos, e na utilização de letras como símbolos dos elementos. Reconheceu a existência de isômeros na química orgânica e descobriu o fenômeno da catálise, nome que introduziu no vocabulário químico.
Estabeleceu as fórmulas químicas de muitas substâncias e introduziu os conceitos de isomeria, metameria, polimeria e alotropia. Fundou e dirigiu, até a morte, uma revista na qual publicava seus próprios trabalhos e comentava as pesquisas dos químicos contemporâneos e manteve uma vasta correspondência com os químicos Claude-Louis Berthollet, Humphry Davy, Pierre-Louis Dulong, Justus von Liebig e outros. Inventou ou aperfeiçoou muitos instrumentos de laboratório, como o papel de filtro, o dissecador e os tubos de borracha para conexão de balões e retortas. É o pai da atual simbologia para identificação dos elementos químicos, uma notação simbólica, adotando para representação gráfica de cada elemento a primeira letra de seu nome latino e, quando necessário, uma segunda letra diferenciadora. Seus trabalhos Química fisiológica, Teoria das proporções, Ação química da eletricidade, etc, o credenciaram como um dos fundadores da Química Moderna.
Morreu em Estocolmo e sua principal obra é Lärbok i Kemien (1803-1818) e sua mais notável contribuição a ciência química foi a teoria dualística, indispensável à representação e discussão das reações químicas: a menor porção de um corpo simples é dotada de eletricidade e alguns elementos são preponderantemente eletropositivos e outros, eletronegativos. Também são importantes seus estudos sobre a classificação dos minerais de acordo com a composição química.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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