domingo, 20 de março de 2011

O que leva as empresas ao fracasso

OS CINCO ESTÁGIOS DO DECLÍNIO  – Jim Collins

Como os poderosos caem – algumas passagens e dicas do autor
O mais recente livro de Jim Collins mostra como algumas das mais bem sucedidas empresas dos Estados Unidos fracassaram – e quais são as cinco fases dessas quedas. Como saber que uma empresa está caindo antes de acontecer? ( os 5 estágios)
Empresas como: IBM, Nucor, Nordstrom, HP, Merk, Chegaram ao 4º estágio e se recuperaram – A virada. Você pode achar que está se protegendo fazendo muitas coisas ao mesmo tempo – é isso justamente o que pode matá-lo;  Qual a responsabilidade do Conselho de Administração nessas histórias de queda?
Os líderes formados internamente tem mais sucesso que os forasteiros;  Um executivo tem de administrar uma empresa pensando em ¼ de século não em um trimestre…
¡Como saber se uma empresa está em declínio ou se é apenas uma má fase? ¡Fazendo algumas perguntas:
- Essa empresa está fazendo movimentos desesperados? ou Estão reunindo dados, refletindo e agindo com determinação? Estão apostando em estratégias que não foram testadas e fazendo estardalhaço ou formulando mudanças estratégicas  baseadas em evidencias concretas?  - Estão buscando uma aquisição mágica que possa transformá-las de uma só vez ou entendem que juntar duas empresas em dificuldades jamais será a receita para formar uma grande empresa?

1- Excesso de confiança originado pelo sucesso. Empresas poderosas e bem sucedidas correm o risco de se tornar arrogantes demais. O primeiro passo do declínio é justamente acreditar que o sucesso do passado é garantia de um futuro igualmente brilhante. Exemplo: Quando lançou o celular StarTAC, em meados da década de 90, a Motorola, então uma empresa vitoriosa, optou pela tecnologia analógica, embora a onda digital já tivesse começando. Ao ser perguntado se essa era mesmo a melhor solução tecnológica para o produto, um alto executivo da empresa respondeu que “43 milhões de consumidores analógicos não podem estar errados”.

2- Busca indisciplinada pelo crescimento. É conseqüência direta do primeiro estágio. Empresas cegas pelo próprio sucesso buscam crescer a qualquer custo – muitas vezes deixando de lado os fundamentos que as levaram ao topo. Exemplo: Na década de 80, uma das grandes rivais do Wal-Mart era a varejista Ames. Para ultrapassar a rede de Sam Walton, em 1988, a Ames decidiu que dobraria de tamanho em apenas 12 meses. Para isso, fez uma aquisição gigantesca que se mostrou um desastre. Quatro anos depois, a Ames entrou em concordata.

3- Negação do risco. Quando sinais de que alguma coisa não vai bem começam a aparecer, as empresas em declínio simplesmente os ignoram – ou culpam o mercado, a concorrência, o governo e até o azar em vez de procurar entender o porquê dos problemas. Exemplo: Quando o negócio de mainframes da IBM começou a perder o vigor, no final dos anos 80, um diretor chegou a fazer um relatório sobre a situação – e os perigos futuros – e entregou o material a um dos principais líderes da empresa. A resposta do executivo foi simplesmente: “Deve haver algo errado com seus dados”. Não havia. Até 1992, a empresa teve de demitir 125 mil funcionários, mas escapou do fim graças a uma virada comandada por  Louis Gerstner.

4- Corrida pela salvação. No momento em que a crise pela qual a empresa passa pode ser percebida por todos, a empresa busca uma “bala de prata” que possa salvá-la da ruína – uma fusão mágica ou um novo presidente contratado a peso de ouro. Exemplo: Em 1988, depois de cinco trimestres “patinando”, a HP contratou a americana Carly Fiorina, eleita pela revista Fortune como a executiva mais poderosa do mundo, para comandá-la. Carismática, Carly tomou decisões arriscadas, como a compra da concorrente Compaq, em 2002. A fusão não deu resultado e ela foi demitida três anos depois. A HP só começou a se recuperar depois da entrada do sucessor de Carly, o então desconhecido Mark Hurd.

5- Irrelevância ou morte. Quanto mais tempo a empresa fica no quarto estágio, mais difícil sua recuperação. Nesta fase, seu vigor financeiro acabou, suas principais lideranças já debandaram e não há nenhuma estratégia de recuperação à vista. Só lhe resta ser adquirida ou fechar as portas.  Exemplo: Nos anos 90, depois de atravessar todas as fases de declínio, a fabricante de papéis americana Scott Paper foi vendida para a concorrente Kimberly-Clark.

“A crise obriga as empresas a ter foco. A prosperidade, não” Jim Collins.

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